Igreja Presbiteriana Central

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segunda-feira, 30 de março de 2009

MENSAGEM DO MÊS DE ABRIL: O sentido da páscoa - se a comemoração é bíblica, porque os ingredientes não o são?

Introdução
Mais um ano e mais comemorações. Nosso calendário é riquíssimo em comemorações. Finda-se o mês de março e já se vão 25% do ano de 2009 e as comemorações continuam. Continuam, sim, porque o homem pós-moderno ainda se dedica à busca; corre desesperadamente por datas especiais e outras coisas mais, desde que efetivamente fuja da mesmice.
Mas nesse frenesi de buscar e comemorar, o homem se esquece de averiguar o real sentido das coisas. É o que se dá, por exemplo, em relação à páscoa: ovos de chocolate, coelhinho e torta capixaba (com bacalhau, palmito, etc.) constam mesmo dos ingredientes originais em comemoração à páscoa? E se a páscoa é uma comemoração bíblica, porque os ingredientes não o são?

O sentido literal
Vale observar, em primeiro momento, o que é páscoa, em seu sentido literal. Páscoa vem do vocábulo hebraico “pêschar”, cujo significado é ‘passagem’, no sentido de ‘poupar’. E isso tem origem em cerca de 1.500 anos antes de Cristo, quando da saída do povo de Israel da terra do Egito depois de 430 anos de escravidão. O contexto bíblico revela que diante do anúncio da décima praga – a morte dos primogênitos – cada família israelita devia separar um cordeiro, macho de um ano, sem defeito... Tudo em preparação para o grande livramento... A história é interessante e pode ser conferida no livro do Êxodo, capítulo 12, onde encontramos relato pormenorizado do fato, incluindo descrição dos elementos da páscoa tais como: um cordeiro para cada família, ervas amargas, pães asmos (sem fermento) bem como a forma de se comer.

O sentido histórico e espiritual
Foi sob o governo de Moisés que se deu a instituição da páscoa e houve libertação: o povo de Israel saiu da terra do Egito às pressas rumo à terra prometida, e a páscoa ficou perpetuada diante do povo como ordem divina e sinal do grande livramento, sendo celebrada conforme o sentido literal relatado acima. Todos os ritos registrados no Antigo Testamento apontam, invariavelmente, para o Novo Testamento e com o rito da páscoa não é diferente.
Na época de Jesus a páscoa ainda era celebrada e Ele mesmo a celebrou em companhia de seus discípulos, conforme Lucas 22.7-23 e textos correlatos. É nesse contexto que temos toda a história da “Paixão de Cristo”: Ele é o “cordeiro de Deus”, sem defeito, que foi “imolado”; Cristo foi sacrificado pelos líderes de Israel e Roma, e pela vontade dos populares, em favor do mundo inteiro justamente na semana em que se celebrava a páscoa em Jerusalém. No sacrifício do cordeiro da páscoa a idéia de substituição é evidente e mostra-nos a Cristo. Jesus, “O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, morreu em nosso lugar – por isso Jesus é a nossa páscoa.

Conclusão
Como afirmamos acima, nosso calendário é riquíssimo em comemorações e a páscoa faz parte desse calendário. Vamos comemorar a páscoa, sim! Mas não devemos nos esquecer do seu verdadeiro sentido. Jesus é a nossa páscoa!


a) Rev. Adilson Souza dos Santos
pastor@ipbes.com.br